No Game No Life - O "brazuka" dos animes.
- Lucas Frazão-kun
- 7 de ago. de 2018
- 3 min de leitura

A gloriosa Rede Manchete. Talvez você não se lembre (eu mesmo mal me lembro!), mas seu legado como uma percussora da entrada de animes no Brasil teve um imenso efeito até hoje.
Yu Yu Hakusho, Os Cavaleiros do Zodíaco e Sailor Moon são alguns dos vários clássicos que chegaram ao Brasil na década de 90 e enraizou tanto em nossa cultura que tornou nosso país um dos maiores consumidores de animes do mundo, de acordo com os dados da Netflix divulgados na Anime Slate 2017, em Tokyo.

Mapa de calor indicando o nível de consumo. O Brasil é um dos que mais se destaca.
Por que estou contando isso? Porque No Game No Life é um fruto deste processo, onde um brasileiro vai ao berço da indústria, Japão, e decide cair de cabeça nesta jogada. Baseado na light novel de Yuu Kamiya (pseudônimo), nascido em Uberlândia, Minas Gerais, o anime foi lançado em 2014 e possui 12 episódios, com uma temporada até o momento.
Sinopse:
Os irmãos Sora e Shiro são inseparáveis, tanto no mundo real quanto no mundo dos jogos. Suas habilidades individuais combinadas fazem deles uma equipe invencível. Um dia, depois de derrotarem um misterioso adversário em um jogo de xadrez online, os irmãos recebem a oferta de seu oponente para renascerem em seu mundo, Disboard - um mundo de fantasia, onde tudo é determinado através de jogos. Quando eles aceitam a proposta, Sora e Shiro são convocados para Disboard pelo o Deus daquele mundo, Tet, e começam a conhecer seus adversários, as dezesseis raças do Disboard, conhecidas como Exceeds. Porém, nesse mundo não existe nenhum tipo de violência, sendo um lugar onde tudo é resolvido através de jogos. Então, juntos, os irmãos começam a sua jornada para resgatar a raça humana fraca de Imanity e conquistar o mundo para, então, desafiar Tet pelo o título de Deus.
Por que vale a pena?
Existem dois aspectos em No Game No Life que o tornam um anime de qualidade única. O primeiro é a dupla de protagonistas, os irmãos Sora e Shiro. A dinâmica entre eles é muito bem entrosada e carismática, sustentando todo o aspecto cômico da série. Sora, o irmão mais velho, tem aquele espírito de malandro e a razão da sua existência é sua linda irmãzinha Shiro que, apesar de sua fofura, demonstra ter uma personalidade mais fria e focada que a de seu irmão.
Antes de entrar no segundo aspecto, vale ressaltar a qualidade técnica de animação e direção do anime, produzido pelo excelente estúdio Madhouse, o mesmo de One Punch Man. As cores bem estouradas e vibrantes, a fluidez e boa trilha sonora faz No Game No Life ter um aspecto bem peculiar e chamativo, fazendo o telespectador imergir com facilidade no vasto mundo de Disboard.
Entrando no segundo aspecto: a criatividade e dinâmica dos desafios enfrentados por Sora e Shiro são os pontos que fazem No Game No Life se diferenciar na indústria dos animes.
Disboard, onde todos os conflitos são resolvidos através de jogos, cria um mar de possibilidades que a série explora de maneira extraordinária. Até um jogo de “Pedra, Papel ou Tesoura” torna-se empolgante em No Game No Life.
Parte dessa estrutura deve-se aos protagonistas e como eles interagem com as regras desse mundo, sempre encontrando alternativas inesperadas para os desafios que parecem impossíveis de eles ganharem, fazendo você acompanhar até o fim sem saber o que eles vão aprontar.
Então se você procura diversão alinhada com bastante originalidade e personagens carismáticos, No Game No Life é a jogada perfeita.

Informações:
Estúdio: Madhouse
Gênero: Comédia, Puzzle, Aventura, Fantasia
Temporadas: 1 (12 episódios)
Ano: 2014
Nota: 9/10
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