Crítica filme Réplicas
- Pietra Von Bretch
- 16 de abr. de 2019
- 2 min de leitura

O filme “Cópias” (Replicas, 2018), dirigido por Jeffrey Nachmanoff (Traitor e séries de TV como Homeland), estreia dia 18 de maio no circuito nacional.
O longa conta a história de Will Foster, um cientista que trabalha em uma empresa chamada Bionyne em um projeto de transferência de consciência de um sujeito clinicamente morto para um corpo sintético robótico. Após a trágica morte de sua família em um acidente, ele inicia um processo ensandecido para revivê-los.
O plot do filme é interessante, está dentro do gênero ficção científica (e drama), tem uma pegada científica e tecnológica (com hologramas, realidade virtual, robótica) importante, porém já foi abordado por outros longa-metragens em contextos distintos. Não é uma novidade. As cenas de ação acontecem em plano fechado, o que já era de se esperar considerando a direção de alguém com pouca experiência em cinema que atua majoritariamente em TV. Mas não chega a incomodar, nem a tirar o brilho das situações. Se o roteiro fosse mais bem amarrado e desenvolvido seria um filme muito bom.
O problema fica por conta do roteiro em si, do desenrolar da trama, onde pontas ficam soltas, principalmente no que se refere ao antagonista que aparece, literalmente, do nada! Faltam explicações razoáveis que deixam o espectador com um ponto de interrogação na testa. Tipo: “Oi? Mas onde estava isso o filme inteiro?” E não se trata de plot twist, quem dera se tratasse!
Existem ainda falhas de continuidade óbvias até para alguém desatenta como eu, incongruências médicas alheias à ficção e de construção de personagem, o que aponta para deficiência na direção de atores. Não se vê praticamente nada da relação entre Will e Mona antes do acidente. Após...bem, após as coisas ficam bem mecanizadas desnecessariamente.
A ideia é boa, mas a condução é razoável tanto quanto o roteiro. Vejam com seus próprios olhos.
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