Cadáver : Seria uma boa opção?
- Mylla Martins
- 14 de dez. de 2018
- 2 min de leitura
O filme Cadáver com seu trailer de arrepiar, deixa muito a desejar durante a trama. Prometendo um diferencial no assunto exorcismo, o longa peca nos jumpscares clichês de todos os outros filmes do mesmo gênero.

Apesar de uma história , de início, diferenciada, o longa fica devendo mesmo com a faca e o queijo na mão. Tudo começa quando um exorcismo acaba não dando certo e terminando na morte de Hannah Grace. Não enrolando muito para a parte importante (o que é, de fato, muito bom), a história flui contando a vida de Megan, uma ex policial traumatizada e viciada em remédios, que consegue um emprego solitário no turno da noite em um necrotério. Durante a apresentação do ambiente para a personagem, percebe-se excelente cenário, as luzes dos corredores ascendem e apagam por sensor, o que deixa o filme muito atrativo e tenso no primeiro momento, a solidão em um lugar tão silencioso também é interessante juntando o fato dela ser viciada em remédios, o que nos leva a pensar vagamente que o que ela passa no local- durante um breve tempo- pudesse ser coisas de sua imaginação.
Tudo muda quando um cadáver parte queimado e esfaqueado é encontrado no beco com um suposto mendigo. Os procedimentos feitos com o corpo pela ex policial começam a dar errado e as maquinas utilizadas quebram ,uma pitada de tensão é tida nessas primeiras cenas e a parte da maquiagem tem a real culpa disso. Impecável seria esta , já que são filmadas as cicatrizes e queimaduras de perto e parecem bem realistas, chegando a causar calafrios em quem possui estômago fraco.
Contudo, o roteiro de Briann Sieve se perde no caminho sinistro, deixando de explicar várias ações cometidas por Hannah Grace, parecendo mais um ''metahumano'' que o próprio demônio, utilizando até mesmo de regeneração (?). A morte dos personagens também deixou muito a desejar, já que não tinha um motivo especifico. Tudo parecia jogado, como se tivesse simplesmente acabado suas ideias certa parte, mas tendo que dar continuidade ao texto, o melhor a se fazer fosse matar todo mundo.
Carregando outra parcela de culpa, vem o diretor Diederik Van Rooijen que perde o foco facilmente e abusa de pulos de câmera e quase que anula o suspense da metade do filme adiante. Uma pena não levar em consideração o terror psicológico, já que tudo é tão previsível pelos cortes incessantes.
Aos amantes do horror e que esperam um filme repleto de pesadelos, recomendo que esperem para ver no conforto de suas respectivas casas, contudo, se quer apenas uma diversão de final de semana sem compromisso, vejam por suas contas em risco.

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